Estamos cada vez mais imersos em um mundo digital onde a conveniência das transações eletrônicas revolucionou nossa forma de lidar com o dinheiro. A possibilidade de realizar pagamentos rapidamente, apenas aproximando um cartão ou smartphone, tornou-se parte essencial do nosso dia a dia.
No entanto, enquanto aproveitamos as vantagens dessa tecnologia, os riscos associados a ela começam a surgir de maneira preocupante. Nos últimos meses, cibercriminosos têm se aproveitado da tecnologia de proximidade, ou NFC (Near Field Communication), para roubar informações valiosas de cartões de crédito.
Trata-se de um novo golpe que traz grande preocupação para usuários de dispositivos Android, especialmente clientes de instituições financeiras que oferecem pagamento por aproximação, como Nubank, Banco Inter e Bradesco.
Diversos especialistas em segurança digital têm alertado sobre essa ameaça crescente, destacando como novas formas de malware estão mirando especificamente a tecnologia NFC. Com o crescimento da popularidade dos pagamentos por aproximação, novas vulnerabilidades são continuamente exploradas por cibercriminosos.

Início do Novo Golpe no Escenário Global
O surgimento desse golpe teve suas primeiras manifestações identificadas na Europa Oriental. Segundo investigações levadas a cabo por empresas como a ESET, uma gigante na área de cibersegurança, esse tipo de ataque começou a se espalhar a partir da República Tcheca.
Inicialmente, os criminosos implementaram uma técnica de comunicação em massa, utilizando principalmente mensagens, visando enganar vítimas que são clientes de bancos específicos.
A metodologia dos golpistas é se passar por representantes legítimos de instituições financeiras, persuadindo suas vítimas a baixar aplicativos maliciosos.
O truque é sofisticado: os usuários, ao acreditarem estar baixando aplicativos oficiais para resolver alguma “pendência”, acabam instalando malwares em seus dispositivos.
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O Funcionamento do Malware Bancário
Esse malware bancário é incrivelmente dissimulado, apresentando-se como um ícone inofensivo na tela inicial de smartphones Android. Na verdade, ele age como um Progressive Web App (PWA) ou WebAPK, o que o permite burlar várias camadas de proteção dos aparelhos.
Uma vez instalado, o malware não só rouba dados bancários, mas também capta sinal NFC. Ao interceptar o sinal NFC, os criminosos conseguem transmitir essas informações para um servidor remoto controlado por eles.
Com essas informações, é possível replicar os dados dos cartões de suas vítimas em dispositivos sob o controle dos cibercriminosos. Isso facilita a execução de transações não autorizadas, aumentando o risco para os usuários finais.
Implicações e medidas de proteção
O maior objetivo dos cibercriminosos é capturar dados de cartões de crédito, em especial aqueles utilizados em transações por aproximação. Essas informações são então usadas para realizar transações fraudulentas, sejam elas compras ou transferências de grandes quantias de dinheiro.
Embora até o momento não haja registro de casos semelhantes ocorrendo no Brasil, os especialistas alertam que a técnica pode se espalhar rapidamente. A recente prisão de um suspeito na República Tcheca demonstra que as autoridades estão cientes do potencial dessa ameaça.
No entanto, a comunidade global de segurança digital ressalta a importância de estar sempre um passo à frente. A difusão desse golpe para outras áreas, incluindo o Brasil, pode acontecer em breve se medidas preventivas não forem adotadas e conscientização não for feita.
Como se proteger de formas eficazes
A proteção contra este golpe sofisticado começa com a conscientização. Os usuários de dispositivos Android, especialmente aqueles que usam pagamentos por aproximação, devem ser cuidadosos ao baixar novos aplicativos, mesmo que estes pareçam ter origem de bancos.
Priorizar o download de apps apenas das lojas oficiais e manter todos os aplicativos e o sistema operacional atualizados são passos cruciais para reduzir riscos.
Além disso, é vital que possíveis atividades suspeitas sejam denunciadas às autoridades competentes. A colaboração dos usuários é fundamental para que redes de cibercriminosos sejam investigadas e desmanteladas. Ao unir esforços, é possível mitigar os danos sociais e econômicos que tais golpes podem causar.