Milhões de brasileiros podem estar perdendo a chance de recuperar dinheiro esquecido em contas bancárias. Um levantamento do Banco Central trouxe à tona uma realidade surpreendente: mais de 6 milhões de pessoas e 3,6 milhões de empresas possuem valores esquecidos em bancos.
Estes montantes, que somam incríveis R$ 998 milhões, permanecem parados, muitas vezes sem o conhecimento dos donos, e representam um total acumulado de R$ 8,5 bilhões.
O curioso é que esses valores esquecidos podem estar em diversas formas financeiras, como contas correntes, poupanças, seguros e até outros tipos de investimentos. Muitas dessas contas sequer são lembradas pelos titulares, o que faz com que esse dinheiro permaneça quieto.
Seja por desatenção ou falta de conhecimento, esse descuido financeiro é um fenômeno que afeta tanto indivíduos quanto empresas.
O que são valores esquecidos e como estão distribuídos?
Os valores esquecidos são quantias que ficam em inatividade nas instituições financeiras por longos períodos. No que se refere à distribuição desses montantes, o Banco Central delineou categorias específicas.
De forma surpreendente, mais de 63% desses recursos (aproximadamente R$ 5,3 bilhões) estão na faixa de até R$ 10. Já cerca de 25% estão entre R$ 10,01 e R$ 100, contabilizando um montante de aproximadamente R$ 2,1 bilhões.
Outros 9,88% dos valores permanecem entre R$ 100,01 e R$ 1.000, e aqueles que superam R$ 1.000,01 representam 1,78% do total.
Mesmo que a maioria das pessoas ou empresas negligencie somas menores, o agregado dessas pequenas quantias resulta em um número total expressivo. Isso evidencia a importância de um gerenciamento mais atento das finanças pessoais e empresariais.
Como resgatar seu dinheiro esquecido
Se você suspeita ter dinheiro esquecido, existem formas simplificadas de descobrir e reivindicar esses valores. O Banco Central disponibiliza ferramentas que facilitam essa verificação.
Além disso, houve aprovações recentes na Câmara dos Deputados para criar um prazo de 30 dias, a partir da publicação da lei, para que proprietários de contas inativas reivindiquem seu dinheiro. Este projeto ainda aguarda sanção do presidente Lula.
Caso a legislação seja aprovada, os R$ 8,5 bilhões esquecidos poderão ser transferidos ao governo se não forem retirados dentro do prazo estipulado. Esta medida é um incentivo para que as pessoas não só protejam seu patrimônio, mas também cultivem uma prática regular de monitoração de suas finanças.
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Por que tantos esquecem dinheiro nos bancos?
Diversos fatores contribuem para que as pessoas deixem dinheiro esquecido em contas bancárias. A falta de atenção é um dos motivos principais: muitas pessoas não monitoram suas contas com regularidade e acabam se esquecendo de pequenas quantias.
Em alguns casos, a morte do titular da conta pode resultar em dinheiro não reclamado, seja por desconhecimento ou pela falta de organização burocrática da família.
Há também episódios em que contas são abertas para finalidades específicas e, após cumprirem seus propósitos, ficam inativas e esquecidas.
Esses cenários ilustram a necessidade de uma supervisão financeira mais diligente. A revisão rotineira de todas as contas bancárias e investimentos pessoais é uma ação preventiva essencial.
Recomendações para evitar dinheiro esquecido
Para garantir que você não deixe dinheiro parado, adotar certas práticas de gestão financeira é crucial. Verifique suas contas regularmente e faça uso de ferramentas bancárias digitais que podem auxiliar no monitoramento contínuo de suas finanças.
Considere a utilização de lembretes e alertas eletrônicos que possam informá-lo sobre transações ou atividades nas contas inativas. Além disso, documentar adequadamente informações de contas bancárias e seguros é um passo importante para evitar complicações futuras, especialmente em caso de questões jurídicas hereditárias.
A transparência e clareza em assuntos financeiros garantirão que você e seus entes queridos possam acessar todos os recursos disponíveis.
Resgatar o seu “dinheiro esquecido” não é apenas uma questão de voltar a ser seu proprietário pleno, mas também de responsabilização financeira pessoal.