Com a Reforma da Previdência aprovada em 2019, a aposentadoria por tempo de contribuição passou por mudanças drásticas, mas uma regra de transição importante é o pedágio de 100%. Essa modalidade gera proteção aos trabalhadores que estavam próximos de se aposentarem quando a reforma entrou em vigor.
O modelo pode ser uma alternativa interessante para aqueles que tentam evitar o cumprimento das novas exigências de idade mínima.
A antiga aposentadoria por tempo de contribuição, que permitia aos trabalhadores se aposentarem ao completar um tempo mínimo de contribuição ao INSS, foi amplamente utilizada por quem começou a contribuir cedo. Isso possibilitou aposentadorias em idades mais jovens.
No entanto, com a nova legislação, alguns aspectos foram reformulados. Compreender esses detalhes é crucial para quem está no caminho da aposentadoria.

Como era a aposentadoria antes da reforma?
Antes da Reforma da Previdência de 2019, a aposentadoria por tempo de contribuição era uma modalidade muito flexível para os trabalhadores. Mulheres precisavam de 30 anos de contribuição, enquanto homens necessitavam de 35.
Não havia exigência de idade mínima, permitindo que aqueles que contribuíram desde cedo se aposentassem antes dos 50 anos de idade. No entanto, a aplicação do fator previdenciário muitas vezes reduz o valor do benefício.
Essa modalidade era popular porque possibilitava que pessoas aproveitassem mais a vida após muitos anos de trabalho, mesmo que com um benefício reduzido. A flexibilidade oferecida pelo antigo regime era um atrativo significativo que tem sido lamentado por muitos após a reforma.
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Alterações após a reforma e introdução do pedágio
A reforma, no entanto, extinguiu essa modalidade de aposentadoria com o tempo de contribuição. Agora, é necessário ter 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Para suavizar essa transição, foram criadas normas de transição e o pedágio de 100% é uma delas.
Esse modelo de pedágio requer que os trabalhadores contribuam por um período adicional equivalente ao tempo que falta para atingir os 30 ou 35 anos de contribuição, para mulheres e homens, respectivamente.
Por exemplo, se um homem estava a dois anos de completar 35 anos de contribuição, ele precisaria trabalhar um adicional de quatro anos sob a regra do pedágio.
Assim, ele poderia se aposentar sem precisar cumprir as novas exigências de idade mínima. Essa opção oferece uma possível rota de aposentadoria para aqueles que estavam muito próximos de completar o tempo de contribuição necessário sob as velhas regras.
Quem pode optar pela aposentadoria com pedágio de 100%?
A regra de pedágio de 100% foi criada para aqueles que já contribuíam com o INSS antes de 13 de novembro de 2019. Isso é contrastado com a regra do pedágio de 50%, que só está disponível para quem já estava a menos de dois anos da aposentadoria quando a reforma passou a valer.
Quem contribuiu até a data dada pode escolher o pedágio de 100% como uma transição mais vantajosa, evitando ter que atingir a nova idade mínima.
Para se beneficiar dessa regra, o trabalhador precisa cumprir um período duplicado em relação ao tempo que ainda faltava no momento em que as novas regras entraram em vigor. Essa estrutura permite uma aposentadoria sem a necessidade de atingir a nova idade mínima estipulada.
Vale a pena optar pela aposentadoria com pedágio?
Optar pelo pedágio de 100% é uma decisão estratégica que depende de quanto tempo adicional de trabalho o segurado está disposto a assumir.
O cálculo final do benefício leva em conta a média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, o que pode resultar em um valor de aposentadoria menor do que anteriormente calculado.
Enquanto para alguns pode valer a pena se aposentar mais cedo, ao custo de um benefício potencialmente menor, outros podem optar por continuar trabalhando e aumentar o montante da aposentadoria.
A escolha dependerá dos objetivos financeiros pessoais a longo prazo, sendo aconselhável consultar um especialista em Previdência para orientar essa decisão importante.
Como calcular quanto falta para se aposentar?
Saber quanto tempo falta para a aposentadoria é essencial, e o aplicativo ou site Meu INSS oferece essa funcionalidade valiosa. Nele, o trabalhador pode simular em tempo real o tempo restante para se aposentar, levando em consideração as regras de transição vigentes.
É importante manter o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) sempre atualizado para garantir que todos os períodos de trabalho estejam registrados corretamente e que nada impacte negativamente na aposentadoria solicitada.